domingo, 27 de novembro de 2011

Ana sonha

Presenças são mais notadas em faltas.
Faltamos juntos o hoje pra sermos na falta que nos faz.
Somos o que de algo que sabemos, no que cogitamos – inconscientemente e isso é lindo e consciente – por sentirmos empatia na empatia de sentir.

Sinto sentindo só e contigo um algo que duvidamos ansiado em certezas do que nunca tivemos em outras mentes, gozamos em outros corpos...Dormir.
E por seu ronronar poeticamente lindo incitar tais versos.

Sabes, outrora estivemos em lugares que não esses, em sonhos que não os seus. Éramos nós.
Não! Não éramos esses, éramos outros, diferentes mas, nós.

O agora não repetirá o que somos senão em um talvez captado pela virtude chamada vida.
Chama! Ana, não te disse boa noite e a noite ecoou em seu deitar na necessidade palavra-ação do “dorme pequena” da noite anterior...
Se dormes, sonha, se sonhas, dorme sonhando algo condizente ao que digo e sonho.
Se estou acordado ao contar sonhos em viagens?
Não! perdoe-me, Ana.
Lute em sonho que isso seja verdade sonhando o mesmo sonho, traduzindo-o para além de miragem.
“Virtualizemos”, Ana, faça em seu sonho o que chamo sonho...
Do que chamo desejo desconhecido,faça chama, chame verdade.
No sonho em Ana, o breve estarmos juntos.
Em sonhos e ação, Ana, sejamos seres agitados numa música que não quer parar.
Dorme em Ana, Ana dorme, cria paisagens. zzzzZZzZZZzZz
Helder Santos
00:05 am
27/11/2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Brilha luz ao lado do arco-íres

Estações sobrepõem-se, alteram a percepção da verdade.

Ontem, sol, chuva, folhas... Uma brisa

de amores maiores na cidade.

Se o calor atiça, ascende em faísca

o adormecido doloroso inverno em saudades vãs.

Seus sonhos de felicidade...

O abraço quente, mãos pacíficas estendidas.

Ana observa obcecada em sonho afã

o alado arco-íris ao lado.

Duvida, afasta, questiona verões em invernos cansados.

Sofre, teima aceitar estações passando,

o sol sem explicação brilhando ridiculamente são, aparentemente parado.

Chamusca, dissolve em tempestade.

Estou quente e não há trovoada capaz de parar meus sonhos ou situação engraçada capaz de atravancar tais laços.

Ana sorri. Sol é alegria até em dias

onde em quimera, numa primavera, Ana destina versos

sem saber a quem. Desejo-os a mim

e te desejo, Ana, fogo e mar, dedicação presente, futura.

No tempo de suas espinhas eras tão estranha, tão chatinha.

Hoje, conversamos num tom sublime de Ana madura,

flor embotada, sala aparentemente escurano sentir sol em Ana.

Luz púrpura no crepúsculo adentrando a janela.

Ana, sorri pra si inconscientemente de meus gracejos.

Pega tua mão, encosta ao peito e sente algo.

Meu coração houve dele sair de mim, acertar o alvo...

Ah, deve ser...deve ser seu jeito.

Helder Santos

24/11/2011

11:59 pm

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Ânsia de vós, sonho nos meus sonhos.


Tenho propósitos sólidos, Meu Deus,

Metas tão concretas que se esvaem sobre uma escrivaninha sem papel,

Objetivos tão verídicos quanto bronzear num dia de sol chuvoso.

Minha barba cresce na mesma velocidade que se esvaem ideais.

Estou prostrado em algum lugar no século II antes de Cristo e nenhuma máquina moderna pode me tirar daqui.

Pergunto-te Felipe, onde estão meus sonhos ?

Estariam eles onde estou ou longe de mim?

Teria eu sonhos reais ou estar onde estou e estão eles não é mais que um sonho?

Seria possível entrar no sonho em sonho?

Felipe, estou cansado e minhas pálpebras secam os olhos de lágrimas,

Estou faminto e minha fome excede necessidades físicas,

Estou de pé e nada é tão íngreme quanto meus sentidos e a noção do que tenho deles.

Reproduzo palavras como se fora um gênio às avessas julgando-me tão insignificante quanto o universo que carrego na ideia e repito na ação.

Conduzo a vida tal qual um carro desgovernado esperando vaga n’algum estacionamento vazio.

Sou tão egoísta que minha vontade não vai além da afirmação em mim mesmo que fortalece minha personalidade.

Porém anseio por ti, musa silenciosa.

Por ti grito e tua subjetividade adormecida fomenta meus versos.

Não importa que ela pense, Felipe, que sou maluco ou insignificante nesse universo que construí, afinal:

Que loucura seria maior que a da negação da própria personalidade?

Ando tão altruísta que qualquer mendigo me daria esmolas para alimentar a latente bondade em meu coração,

Tenho tanta fé que Deus fala por mim em línguas diversas afirmando que não posso perder a fé por ela mover mais que montanhas.

Felipe, o desejo de sonhar é tanto que sigo para a cama com o pensamento em dormir para saber se estou realmente a sonhar ou se sou o sonho que ela prefere acordar.

Caro amigo, um dia elas entenderão, um dia acordaremos e ou, dividiremos o travesseiro com alguém.

Helder Santos

00:03 am

22/11/2011

Presságios do mar.


Preciso de calma para entender o que sinto ou

Uma palavra mágica para descrever o indescritível que

Me depara com a realidade que crio.

Nenhum Platão sonhou como eu e estou acordado

Rugindo o grito insano dos sentimentos que nascem ao contemplar a imagem mais linda, sucumbo, feneço...

Tal qual fênix, ressurjo no inferno do sentir de outro cedendo o som quase mudo do grito dando voz a ti.

Ó morena nos meus sonhos ontem,

Ó luz, céu, estrela , brilha ao renascer reluzindo em mim, dá-me uma cor que não seja silêncio, dá-me grito que não seja preto e branco.

Temendo, tecendo, tremendo, torcendo,

Cato em passos, atos, artefatos ao laço

Solto monossilábico nas conversas de agora.

Não há casal que não inveje pelo fato de não sermos nós,

Ou idiotia que não desejasse dada a incapacidade de minha inteligência.

Me sinto só como grão de areia que voou para fora da praia,

Mais incompleto que uma bola sem jogador a chutá-la.

Parado, vencido, enternecido vilipendiado

Por ser o que sou.

Do que adianta saber o que dizer se fazes do outro movimento poético ausente em teu toque, vivente em tua ideia?

Mais vale não pensar, agir como brutos, ponderar.

Estou distante como o que fomos desejando-o de volta para poder fazer das coisas outras que não essas.

Estou máximo como se o mínimo que fizesse levasse ao triste, fatídico final sem começo.

Cansado, faminto, atônito, tonto.

Me sinto como se sentir significasse tanto quanto pensar em sentir e sentir mais,

Como se somar fosse mais difícil que entender sua adoração a essas palavras e seu ceticismo as mesmas.

Hoje, estou certo que ontem seu sorriso seria esse e esse viria até a mim por sermos próximos distantes no tempo dos nossos seres.

Ontem, ahh, ontem um homem nasceu...

Boa noite, dezembro em Arapiraca.

Helder Santos

08:53 pm

21/11/2011

Turbilhão de cores sob o mar.


Carrego na ideia versos que não escrevi numa velocidade mais avassaladora que o tempo.

Versos matinais gestados em anos de convivência virtual.

Certezas que transformam fazendo outros domingos meros coadjuvantes de uma vida.

Claro, houve e haverão domingos felizes mas, qual domingo repetirá o domingo de hoje se amanhã será segunda e segundas são chatas?

Domingo , praia, futebol e descanso...

Hoje, domingo mostrou-se observador, sorridente, cauteloso e calmo em sua proximidade distante.

Você, domingo e palhaçadas tremendamente tristes

na alegria de um ventilador barulhento antes, silencioso no filme que vimos.

O cheiro intenso dos novos ventos em seus comedidos lábios de riso simples, nesse domingo

Antecedendo segunda e , se segundas são tristes, há de haver segundas felizes como amanhã após domingos e nós noutro filme.

Filmes numa história a ser contata são filmes vistos num projetor animados pelos olhos de quem vê.

Vislumbro o futuro numa placidez contraditória a ansiedade desses versos.

O futuro é o presente e o presente é o futuro se não sei como será o próximo filme.

Ao lado, o bilhete de ontem em frente ao verso diário dos meus sonhos.

Aos olhos de amanhã um acordeom imita o mar, amor morena de cor maré embalada.

Aos ouvidos , um filme multicolor , amor visceral , o Amar calada,

No filme em cor , ação circense se apaixonando pelo mar da menina sentada a sorrir em verde aos olhos azuis do cantor.


Helder Santos

00:39 am

20/11/2011