sexta-feira, 22 de março de 2013

Dois corações




Dois segundos.
Dois minutos.
Dois dias.
Duas semanas,
Dois meses.
Dois anos.
Dois universos.

Um dia.
Um sonho.
Um coração.
Um amor.

Dois, um.
Um, dois.

Seu segundo,
Meu minuto.
Seus dias,
Meus anos.
Suas semanas,
Meus meses.

Nosso universo.
Dois corações,
Um amor.

Helder Pereira
22-03-3013
03:57 pm



terça-feira, 19 de março de 2013

Bosque enluarado II




O espírito romântico sucumbe aos seus encantos;
O que nega, o que afirma aos prantos.
Repetidas ideias na ideia de querer

O universo encantado em teu sentir.
Os soluços embargados em teus “senãos”
Não me fazem rir.

Aguardo ansioso em seu coração
A parte que me cabe.
Estamos separados em nossos medos,
Próximos em nossos afagos.

Contamos os dias nos dedos,
Os beijos nos lábios.
Nosso segredo...
O bosque enluarado.

Helder Pereira
19-03-2013
06-31 pm



quinta-feira, 14 de março de 2013

Lindas leituras em seu nome


Quantas vezes meus olhos pararam frente aos seus suplicando sua volta? Quantas vezes mais, suplicarão? Onde está o olhar, doce paisagem rubra em meu peito? Após homéricas batalhas travadas juntos, de nosso olhar, restou o meu, o seu inalcançável sorriso. Mas, não canso de lutar. Luto por mim, por nós. Noite e dia, chuva e sol, claro e escuro em prol do que chamam beleza e grito farol.
Quantas vezes seus olhos pararam frente aos meus suplicando o que sinto e temo? Onde está o toque suave, tenro? Somos cúmplices do destino que escrevemos por escolha, dos sonhos retalhados pelo tempo. Estamos tão unidos que nos afastamos, tão próximos que nos repelimos, mas, não paramos de amar, de sentir a dor de um só. Podemos ser. Esse poder está distante para não falharmos no poder ser. Decidir o não está diretamente ligado a nossa afirmação futura, então, não...
Vá embora.
Não vá.
Lindas línguas longínquas a falar o idioma-silêncio efusivo proferindo a palavra estamos.Nos confortamos sendo algo que só nós conhecemos: o andar de mãos dadas desconhecido, o beijo roubado não dado, o abraço tímido, a casa habitada em nossos sussurros. Nossa presença. Nossa ausência. O seu-meu* sentir abalado por um mundo que negamos e nos afirma...
Levemente literários, longe da leitura padrão, amamo-nos de mãos dadas ao tempo em que seremos mais que perguntas sem respostas arrancando doces sorrisos. De mãos dadas caminharemos ao oceano açucarado em seu sorriso, aos rios banhados por seus lírios, aos “ls” casados em nosso nome. Escolha sorrir.


Helder Pereira.
15-03-2013
01:55 am

segunda-feira, 4 de março de 2013

Sol, lua e nós


Nos meus sonhos você aparece real. Talvez noutra vida tenha tido devaneios próximos à realidade em seu sorriso, ledo engano. Constato, atônito, não haver sonho possível senão o sonho de poder sonhar ao teu lado nos dias em que somos um só. Em nós, presente e futuro escritos continuamente nas brincadeiras felinas em seus gestos, na doçura em seus lábios e gosto tenro do eu olhar. Capto cada memória nossa fazendo um glossário que nos eleva ao ponto de elevarmo-nos a condição de deuses. Estamos! Somos a parte real do sonho imagético de um dia sermos, vivermos sem medo a certeza incerta, concreta de sermos um só ao som que nos puxa para cima.
Em seus sonhos apareço real. Quem sabe nessa vida sou o que imaginastes numa versão passional te levando ao sonho táctil de poder sonhar? Nas vezes que me observa, surjo lânguido, plácido, meigo. Sentes cada sentir como em leque de sensações maximizado em seu peito, hipertrofiado em seu jeito constantemente inconstante elevando-nos ao ilustre pico de sermos puxados para cima pela doce magia em seu beijo.
Em nossos sonhos somos tão reais que o medo dá lugar a certeza em sermos infinitamente melhores, copiosamente melosos, sutilmente eternos ao comprovarmos discretamente indiscretos cada passo que nos puxa para cima, nos eleva ao céu presenciando nossos diurnos passos a luz da lua. Amamo-nos distantemente próximos ao dia em sermos afeto e toque mais que sorte, paz e desejo sem segredo, sol, lua e nós, terra, universo, você , eu , dois sóis.

Helder Santos
04-03-2013
9:20 pm