sexta-feira, 16 de julho de 2010

Amor, por que não?

-->
(...) então...é o fim das coisas que você acreditava. Após ser dor, causar dor, tornar-se dor. Nada mais és que dor. Dor de alguém que nunca fostes, dor de amores que nunca tivestes, simplesmente...dor. Um ardor que queima o peito, dissolve o que tens, não tens ou tivestes.
Pura magia da dor presente na ausência do fim sem começo  num verso sem rima ,um não esperando sim repetido, metafísico. Definitivo talvez. O sempre amor[1] indivisível nos que acreditam, repudiado aos que repulsam, o não. Esse indefinível sim que chamam sentir. O esse presente distante capacitor desiludido,.O amor. Aquele que sente, não sente, te divide. Ó amor...tão próximo ao dizer coisas tão belas na bela hora... fora de hora. Sois, perdes sucumbes ao desejo de um simples instinto. Tu que sempre foi certeza?! Tu que um dia jurou diálogo? Tu, sempre ausente recatado amor, virtual, imprescindível furor. Tu...Ninguém mais que tu soube amar, ninguém além de ti, soube evitar, ninguém além de mim soube amar, fez sofrer, fez chorar, não soube amar? Tu, eu. Nós não sabemos amar. Amaríamos amor, amaríamos que sabe amar? Eu que te amo, não sei amar. Tu, amando-me, não me amas. Ela, sabe amar, sofre. Eu, sabendo amar, sofro. Quem sabe amar? Quem sabe o que é o amor?
Sabes amar. Sentes amor vermelho no magro rosto pálido da despedida[2], no presente, distante beijo fatídico, verídico, inverídico de um, dois nãos em mim ausente. Distante, presente beijo em sucessíveis nãos. Tão adulto, tão criança, tão esperto e ingênuo fim. Início das coisas que você não acredita acreditando. Amores verdadeiros? Falácias! Amores vãos, verdades. De tanto repetir mentiras fabricam-se verdades: fim, início, morte. Nuances amorosas de falsidade. Acabou, amor. Fostes medo, sois verdade. Amor, acabou amor... somos de outra cidade.


[1] Desejo contraditório eleitor de modelos nem sempre desejados estabelecendo padrões dicotômicos como padrões corretos. Simples e egoísta age como um fardo em corações que realmente amam.
[2] Mágoa presente, ausente nos que julgam sentir. Fim do que sente multiplicando amor-ódio presente.Trama recorrente até ser despedida.