terça-feira, 30 de setembro de 2008

Mais uma canção

Tenho ouvido em seu olhar
A cor de suas músicas.
E você canta
E elas olham.


O movimento dos seus acordes,
A cor, a melodia suave.
- Lembrando, o som da sua voz mudou.


O que ficou pra trás, hoje surpreende,
Você avolumou em direção vertical.
Ó força, ó mente...


Não afaste de mim o real!
Em passos céleres corre meu coração:
Não, não me leva a mal.
Cante, é sua a canção.


Helder Santos

11:58 am

21-07-2008

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Coisas que não preciso contar V

Você cresceu apagando a vela do meu romance.
No fim quem desceu
É a pergunta desse enlace.
Quem perdeu?


Sem ter ganho flores
Nos muitos poemas nesse lance.
Sem odores nos jardins borboleteais em cores.


Primores na natureza dessas dores
Sem sofrimento em transe.
Silenciosamente.... dance.
Palavras inspiradas sem odores.


Não brotou ou nasceu rosa
Que vivesse eternamente em prosa
Ou verso que fosse sempre estimulante.


Helder Santos
11:07 pm

15-09-2008

Coisas que não preciso contar IV

Não há veia poética que negue a natureza,
A constituição dos “seres”.
Manda ação racional do predador sobre a preza.


Sua ação é imune a esses termos,
Homem bom uma mulher corrompe
Quando ele foge da sua natureza.
Dos monstros no mundo o maior é a beleza.


Uma espécie não extinta de malícia,
Mentira e franqueza.
Nem todos os beijos e delícias
Superam quando há fraqueza.


Como o tempo ninguém pode,
Ele passa apagando a tristeza
Se de amor ninguém morre
Torna ilusão certeza quando o fel escorre.


08:51 pm
Helder Santos
15-09-2008

Coisas que não preciso contar III

Eis meu penar, a indecisão de ser quem sou
Esperando por você.
Aqui onde não há nada doce ou amargo
Antes de tudo, torpor:


A exímia sensação do amor,
Vazia palavra na dor.
Não consigo controlar, parar, cantar a bela canção


Que não saí da mente há dias.
Ter você amado¹ aquecendo o coração.
Estou na nossa estação


Esperando te ter
Mesmo na ausência não há palavras frias,
Te espero na presença da nossa canção
Acreditando que como nós ninguém a ouvia.


Helder Santos
08:12 pm
15-09-2008


Referência a canção amado¹ extraída do cd “sim” 2007

Vanessa da Mata Sony BMG

Coisas que não preciso contar II

Não sei o que fazer,
Com quem brigar ou o que pensar,
É inconsciente.


Sua voz que não ouço
Matando-me por dentro, assassino de mim
Caindo sozinho



Nesses dias infindáveis,
Nesses momentos tenebrosos por dentro.
Quero parar, esquecer que só sua voz pode me controlar.
Entregar-me ao infinito de mim no seu olhar.


Mas não consigo te ver
Ou ouvir palavras,
Quando não há o que dizer não há nada.
Ler, escrever, ser o único assíduo leitor num livro sem páginas


Helder Santos
08-03 pm
15-09-2008

Coisas que não preciso contar

Seria um dia qualquer
Se não fosse mais um dia sem você.
Nos anteriores havia tanta distancia e


Quando minha passionalidade te afastava
Você a negava de mim
Me te trazendo de volta


Tentando negá-la a ti.
Não deixando-me perder para alguém invisível
Antes de te ter.


Perturbo silenciosamente
Essa mente sem saber além do previsível
Negando-me a ti.


07-57 pm
15-09-2008
Helder Santos

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Ondas no luar, mar do seu olhar

Já sei, poucos roubaram seu sorriso e
É certo que não tenho o maior paraíso.
Tudo bem não cobrar tal colírio


Se você insiste, dou meu silêncio.
Ta bom, não nego, sou intenso.
Mas, do que vale tanto brilho
Se sempre sorrimos pra o propenso?


Pra o que não é de longe desafio.
É, sabemos ser imensos
O mar é navegado a navio.
Quando vemos está por um fio


O elo que nos une,
A promessa, o desafio
A linha, o prume
Medindo as ondas, queimando o mesmo pavio.


Helder Santos
0:46 am
Helder Santos
16-08-2008

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Enquanto isso....

Faço de mim uma coletânea,
Peças num glossário a ser descoberto,
Faço-me incerto
Colhendo a rosa mais espontânea.


Colho no deserto
Silencioso de sua fortaleza
Despertando sua certeza.


Viajando aberto
Entre cisnes em revoada.
Lançando vôo certo,
Passando na estrada.


É sonho, é concreto
Afinado em suas entranhas.
É alguém incerto captando suas manhas.


Helder Santos.
11: 50 pm
23-09-2008

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Seu pequeno diário

Escrevi uma carta de amor
Dedicando os melhores poemas a você.
Escrevi uma carta de amor.


Versos sem dor
Uma história escrita sem ferro ou fogo,
Em flor.
Escrevi uma carta de amor.


Num pequeno instante tentei controlar impulsos
Escondendo de mim mesmo os pequenos frutos
Do nosso amor crescente.
Nesse frio seu calor latente


Aqueceu o possível luto,
Desarmei... Escrevi outra carta de amor
Falando sobre futuro, doando-nos o presente.


Helder Santos
10:15 am

17-09-2008

Dedicado aquela que tem me ajudado a ser melhor

=***

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Anna

Eu assusto você?
Será que não consegue ver
Quem está guiando meu coração há semanas?


E não há porque temer.
Não consegue entender
Que mesmo longe capto suas manhas?


Enxergo você?
É bom ter alguém como eu?
Se não quiser me presenteia
Aceitando-me seu.


Tantas pessoas são invisíveis pra você vencer
Triste pra elas sua existência
Feliz pra ti é poder
Ser minha, ponderando não ser.

Paulatinas afirmações no y do seu nome



Há algo errado entre visão

Em ausência e espelhos noutros olhos.

O que falta em mim

Somando a você tantos receios



Montando em mim protestos.

Que habitam em ti.

Impedindo outras bocas

O brilharem como seu sorriso



Que não tenho

Sobrando em tantos mendigos

Que amam “sem saber amar.

Você “nega” o que digo.


Não que precise saber o que sentes

Ou que “urja” gritar o que sinto.

Dói saber de tanta distancia

Sendo triste gritar contente.



Helder Santos

4:38 am

07-09-2008

A cidade (o deserto sem você), Contando os dias ou quarenta e dois quilos

Sozinhos, suas lembranças e eu
A mesma história nas mesmas danças.
Fotos incansáveis a meus olhos,
As poses indecifráveis das suas crianças.


São quase dois dias sem noticias suas,
Nos segundos que conto desde a infância.
A cidade, as mesmas ruas que
Passeias com classe, elegância


Visitando o mundo estranho a mim
De mim roubado de você.
Lugares conhecidos, os seus jasmins


Incomparáveis aos jardins
Das ruas que conheci
Desconhecendo seu poder.


Helder Santos
10:06 pm
15-09-2008

domingo, 14 de setembro de 2008

Mel nos lábios de mel

O tempo demora a passar sem você,
O sabor dos seus beijos
Não é claro em tanta distancia.


A cor nos seus olhos
De longe estrelas,
Aqui constelações.
Quero te ver!


O tempo é longo sem te ter.
Tantos desejos
No infinito curto da sua voz.


Na saudade do carinho e até esquecimento.
Da ausência do que é meu com outro alguém
Espero, volte logo
Preciso de você!


Helder Santos
07:09 pm
14-09-2008

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Conotações sinestésicas do amor

O desejo de viver coisas belas ao seu lado.
As frases das canções de amor que trocamos distantes
Próximos, indecisos.


Gestos virtuais que teimo em decifrar
Rodam minha cabeça
Como filmes de amor parecidos.


Quando paro diante do seu silêncio
A vontade de gritar
É maior que os sentidos.
Nos últimos dias não consegui parar.


Formular idéias que pudessem suprimir o que sinto,
E até quando me reservo você sabe que não minto
E a vontade é chegar até você.
Se não houver estação de trem posso caminhar.


Então segura minha mão
E vamos juntos por esse mundo desconhecido.
Então me ensina a cicatrizar dores de um amor antigo,
Vem, cuida do meu seu coração.



Helder Santos
07-09-2008
7:59 pm

domingo, 7 de setembro de 2008

Confissões ao amor “imaginário”

Quero em seus olhos encontrar a luz do amor,
Seja como for,
Em paz, na dor


Nesse olhar achar verdade,
Sonhos que sempre tive ou nunca dormi
Acordando em seus braços


Humildes, franzinos e tenros.
Quero seu amor.
Calor que não conheço sentindo presente
Em menos sofrimento e dor. Valor


Nas coisas simples e complexas que digo
Sentido que não sinto em alguém
Vivo ou morto
O que está em seu ombro amigo.


Helder Santos
4:20 am
07-09-2008

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Novo caminho para OZ¹.

Castelos se constroem,
Impérios caem.
Enquanto espero por você.



Batalhas incansáveis
Sonhando em te ter
combatendo a mim mesmo.


De ansiedade a segurança
O que procuro parece ausente em você,
E mesmo com toda esperança
Crença maior está em escrever


Algo que não sei viver sozinho
Podendo apenas dizer,
Supor um caminho
E nele encontrar você.


Helder 10:38
02-09-2008





Mágico de OZ. Livro que narra a história de uma menina do interior que após ter sido capturada por um tornado, acaba numa cidade "paralela" e precisa encontrar o caminho de volta para casa nesse mundo mágico, com bruxas e seres estranhos. É um belo livro que, posteriormente se torno um clássico do cinema, confiram.

http://www.adorocinema.com.br/filmes/magico-de-oz/magico-de-oz.asp

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A maneira francesa de escrever seu nome

O que poderíamos saber sobre o outro
Caí por terra se não soubermos sobre nós mesmos.
Falácias animadas num porto,
Homens bons caindo infernos.


Enquanto um deles imagina paisagens
Outro quebra amarras nos sonhos,
Vivendo realidade sem miragens,
Sabendo ser sem sono.


Entre isso e o que pensamos
Poucas palavras refletiriam o que somos.
Nem o que falta saber sobre o outro


É tão menor que negue o devir
Em sorriso envolto
Na capa protetora do sentir.


Helder Santos
1:13 am

02-09-2008