terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Acordar


Após o sonho , uma meta: dizer eu te amo. Mas, dizer eu te amo é tão clichê, não acha? Então pensei, pensei, e pensando mesmo, percebi poder demonstrar te amar num amor nascente em olhos cansados, fragmentados em dor, rejuvenescente em olhos ávidos, agitados olhos seus. De uma hora para outra, num dia, te amar. Ah! Esses olhos explicam. Não há sensação aproximada à magna manhã do reflexo de suas lentes nas minhas.

Mas, que amor é esse? Mas, amor existe em conjunções adversativas? Sinceramente, não sei. E, por não saber, amo ainda mais o dia em que seus olhos fugidios enlaçaram-se aos meus. Dessa vez sequer duvidei ou pedi algo em troca. Simplesmente amei amar um amor assim. O amor da curiosidade, do que está por vir. Amor da sinceridade, amor do se sem se não, que sabe sem ser e é, o amor bom dia ao meio da semana no amor até mais na sexta nublada. Hoje, resolvi demonstrar te amar em tom de clamor. Sublimei num lugar qualquer nessa ponte terrestre, espaços em branco chamados dor e gritei seu nome em silêncio para ser ouvido sutilmente como a cor de suas lentes nas minhas. Um amor estranho, cheio de entrelinhas adversativas em “mas”. E se fosse mais? Há pouco havia cálculos inexatos comprobatórios da inaptidão clássica em matemática e eu, “gênio” como sempre, jurei saber contas. É tanta conta meu Deus! Que dia é amanhã? Sei lá, deve ser meio da semana e é preciso correr. Ahhh, amor. Espera? Não saí daí, te falei, voltaria. Estou chegando e sei, estarás aí. Amor, sabe de uma? Não precisa esperar tanto, aqui estou. Não consegue ver? Ainda não?! E sentir? Amor, não entristece, vejo e sinto por dois, ok?. Amor, me merece, vim pra te ter. Amor... Passaram-se os anos... Amor... Bom dia! Amor... Com açúcar?

Helder Santos

23-02-11

00: 07 am