Vivendo o sonho de poder sonhar II

Uma torre se ergueu entre nossos corações,

Nem nos conhecíamos e a dor de um amor antigo

Separa o sorriso e novas velhas canções aos ouvidos.

Preciso escalar essa montanha,

Nem que seja “sozinho” dar-te remédio para dor,

Apontar vista ao paraíso.

Entre o frio e seu temor o par de mãos aquece

A ponta do seu nariz após passar por seus olhos.

Vendo-me neles cada detalhe que não se esquece:

Da calma ao som da sua voz, visito sua pele admirando seus poros.

Enquanto isso, no céu as estrelas tiram férias

E na terra você brilha.

Nas estórias que contei a espera

Das batidas de um novo coração em sua terra.

Helder Santos

11:48 am

28-07-2008

Estrela no chão

É tempo de surpresas. Tudo acontece muito rápido em tempos como esses: você acorda, revisa suas atividades para o dia e segue o ritmo normal, o ligado à rotina. Até aí... Tudo bem. Só que, é tempo de surpresas e seu dia dessa vez não seguirá o ritmo normal, hoje é o dia em que você vai ter que correr mais que o habitual, comer menos que o normal, o dia quem conhecerá o amor da sua vida e, sobretudo, o dia que você perceberá que o mais importante da rotina dos seus dias é conquistar diariamente seu amor. Pieguice a parte, o dia era sábado, ela estava atenta aos movimentos do artista de rua, ele era muito bom. Ao lado dela fiquei e desse momento em diante não sei mais estar longe. E ainda parecia um dia normal na vida, um daqueles que você olha para alguém e subestima o que tem de melhor em você: o espelho que procuram. Então , aconteceu que nossos olhos , como espelhos mágicos nos colocaram frente à frente e nossos corpos como engrenagens fabris se ligaram ao ritmo da música... Contar o que se passou, ainda não posso. Dia após dia, lembra? Enquanto isso vamos aos dias realmente normais e , quando houver tempo pegarei um novo ônibus para dias em que brilhe - como ontem – uma única estrela no chão de um céu chuvoso.

27-07-2008

7:15 pm

Helder

Vivendo o sonho de poder sonhar

Seus olhos independentes que tanto amo,

Seu olhar que me assusta

Ao deixar-me indefeso, plano.

Tão delicioso o sabor da fruta

Tocando o lábio suavemente.

Mandando embora o que me faz humano.

Sua cor e grandiosidade, a desconhecida carícia.

Descortinando o que de pior me faz melhor, malícia.

O que de tão ágil, intenso e profano,

Faz-se poesia em tom delícia.

Não desespero e ainda não dói

No peito a saudade da sua voz,

Dos beijos que não demos o sabor que se constrói,

Em palavras que já disse esperando por nós.

Helder Santos

10:38 am

21-07-2008

Soluções complexas e discos voadores

Há o que pensar sobre nós,

Entre nós e vocês o que

Une e separa:

O homens só serão delas quando eles forem deles mesmos.

Paz em guerra santa,

Santa paz.

Enquanto isso está só.

Em que pensar sobre nós?

Entre nós e vocês o que

Une e separa:

“Os homens só serão delas quando eles forem deles mesmos”.

Paz em guerra santa,

Santa paz.

Enquanto estamos sós.

Helder Santos

André Born

11-07-2008

06:06 pm

[

Previsões do tempo em caixas de diálogo

Há muito entre um sorriso e sua sinceridade .

É preciso entender seus olhos.

Há muito que não sabemos do mundo

Num futuro temido, num passado vindo à tona.

Enquanto homens lutam, silenciosamente

homens vivem o presente.

E quando o passado surge à luta é contra a dor

de um homem um tanto ausente.

A busca é a mesma , é por calor latente

de um grito que não pode berrar,

tão pouco calar a mente

Exibindo qualidades ausentes dum ser prestante,

então, o homem ainda de pé umedece os olhos

em raras qualidades ausentemente distantes.

Helder Santos

18:30 pm

08-07-2008

Carpe diem

Não há passado ou futuro,

Pegue seu bilhete e brinde o presente.

A vida é um passeio, você é veículo

Andando em transito congestionado.

Cada regra quebrada é sacrifício presente.

Num futuro que ninguém vê

A vida é o passado, passeie no presente,

O veículo é você em transito livre.

Sim, estamos no presente e ninguém viu.

São tantos sonhos num futuro e queremos ser.

A vida é um banco de praça:

As pessoas passam apressadas e ela lá, sentada.

Chegamos, é futuro, presente futuro

E ainda não vimos nada

Dos sonhos que tínhamos para hoje,

Por sermos amanhã.

Helder Santos

08-07-2008

06:20 pm