A voz parecia cansada, a mente se mostrava confusa. Ela, indecisa entre amor e um novo amor que apontava, ela, insegura, o tom de suas palavras juvenil e sereno denunciavam medo e desejo, sentimos juntos, pensamos juntos. Entre o bem e o mal estava eu, o confessor de uma história minha.
Calma, não ache que fui tendencioso ou influenciador, ouvi, falei, e nada foi sobre o que represento , foi sobre o que ela representa pra os outros, que as decisões devem ser tomadas em cima disso, claro, ela e os outros, nunca eu, o “eu” aqui não cabe, preciso ausentar-me para fazer o correto, o que não tem haver comigo, tem haver com ela. Se eu tive medo? Claro que sim, não parava o pensamento daquele ser o amor da minha vida, o que sempre sonhei. Perguntei-me o que é o amor, tive de súbito o que precisava a sabedoria de que “o que eu quero nem sempre eu preciso”, mais uma vez: CALMA! Quero dizer algo simples, o que quero é algo completo e incondicional, não poderia tender a mim se estava envolvido, se poderia influenciar e ser cobrado mais tarde, amor é isso.
Após algum tempo desliguei o telefone e pensei mil coisas, dentre elas a rara noção da certeza dela que eu tenho as palavras certas.
Helder Santos
00:00 am
06-01-2009