Passeia comigo, Patrícia.
Emaranha teu braço ao meu e
caminhemos como o vento:
Rápido quando em tempestade,
lento quando em calmaria.
Percebes, enquanto te vejo,
estou atento.
Simples, sereno e tenro rumo
por essas vias
No vir a ser do apreciar do
momento em que estamos a sós na
Verdade de nós
procuro compor versos em
alegria
pelas estradas onde não
passamos - haveremos de passar -.
Patrícia,somos únicos,
constantes nos afetos, intensos no amar.
Avistas o monte?
Sabes, lá estivemos e lá deveremos
estar.
Seja como for, teu braço
estará cruzado ao meu
e alcançaremos a fonte
No sentido de sermos, ao lado
do outro, o que foram Julieta e Romeu.
Sede de vós ao pé da fonte,
corpos lambuzados
Ao pé do monte.
Odores, calores, sabores.
Se existiram , Julieta e
Romeu,
quem seríamos senão a versão
contemporânea deles?
Helder Santos
13-02-2013
00:16 pm