sábado, 30 de julho de 2011

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Filmes ou livros não relatariam à felicidade trazida pelas frias noites de julho, habitando as partes lisas e rugosas do meu coração. Elas, esquentam, idealizam, supõem e até escrevem sobre o viver possível em julho. Nesse, entre tantos julhos silenciosos. Olhares assistiram o esperado beijo na mulher da minha vida e, só em julho a achei e a perdi. Em sua consciência adormecida, sabia ela ter-me. Silenciosa, calou.

Em julho, um ao lado do outro, cochilamos um sonho real e o meu sonho. Nele, linda, sorristes agradecendo um tudo até hoje misterioso tal qual sua personalidade. Acordei na certeza de saber, sem mistérios, o que é acordar sentindo-me bem e assim, “sem comentários” como em inquéritos sem culpados, seguimos ao lado e distantes. Espíritos ansiando soluções cabíveis em sorrisos sem perguntas respondidas num simples olhar.

- Por favor... coisas sinceras, esperam um tempo pra acontecer.

- Há coisas que arrebatam o coração, não há tempo determinado para elas. Onde está seu olhar de julho?

Estaria ele na capacidade de saber o que sinto em sua presença física ou mental ou na minha incapacidade de sublimar isso? Julho se repetirá em seu coração. Sem dores maiores, espero.

- Provavelmente.

Julho se foi trazendo a esperança “a gosto” nos filmes, livros e paisagens que não vi. Nas paisagens , filmes e fotos que vês imaginando “maio”, julho após julho. E por falar em amor. Coisas fortes nem sempre necessitam presença, palavras são palavras. Julho deixará saudades.

Helder Santos

31-07-11

02:04 am

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Quando certazas ou Nos seus olhos.

"Que seja doce a espera pelas mensagens, ligações e recadinhos bonitinhos. Que seja (mais do) doce a voz ao falar no telefone".

Caio Fernando Abreu


Espectadores anseiam. Amantes desejam. Flores precisam. Todos sonham, poucos sentem. A partir disso acordar tornou-se tão difícil quanto dormir. Essa noite precisei de algo capaz de igualar-se ao poder de sua presença real por dentro e expressasse a falta que fazes quando cogitas estar fora. Algo, numa palavra, frase, livro ou obra de arte passível de comparação ao magno poder de seu sorriso aliado a força condutora que tens me fazendo melhor.

Amantes, atores e até flores sonham assim ser. Não há flor possuidora do seu perfume, amantes detentores de tal desejo ou sonhadores capazes da atuação real que você transforma em arte com uma simples caneta a prender seu cabelo realçando seu sorriso.

Não encontro palavras fiéis, flores potenciais a exalar perfumes que iluminem as “frases mais azuis” vindas de ti. Não há razão possível de conter a inscrição do seu rosto em meus olhos.

Ó coração aprendiz dessas razões me dá coragem peito-aberto numa caixa de mensagem coadjuvante da nossa história. Dai-me luz sem o “convencimento” de que algo mudou a partir do "nosso beijo" . Faça do "andar de mãos dadas" coisa real por dentro transformando a "dificuldade" - em você, sinônimo de insegurança- na noite mais especial em meu sorriso, reflexo de sua paz , capaz de fazer meu mundo mudar quando você sorri e me faz assim respirar.

09:41 am

14-07-11

Helder Santos



terça-feira, 12 de julho de 2011

Nós


Lindas canções ou poluição sonora não alcançariam o estridente grito do seu silêncio. Deusas, estátuas gregas, musas americanas,venezuelanas. Atenas , Esparta. Toda e qualquer sorte de beleza e força não atingiriam o que somos e representamos por sermos singulares. Por você precisar de atenção e segurança a ponto de solicitar dificuldade. Por precisar de sua voz no meio da noite, por ser o público do lindo ballet em seu caminhar com rasteirinha no final da tarde. Livros, canções e toda arte se tornam alegoria no mágico pulsar em nossos corações. O universo, sua plenitude... Nada possuí a magnitude bilabial da sua voz antes da próxima palavra.
Por saber que hoje você não ligará e, amanhã como em outros fins de tarde, caminhará como naquela tarde. Por saber que toda biologia e química sucumbem a firmeza de seu toque. Pelo marxismo reinventando a sociedade criada por nós em sua assistência. Vemos o mundo melhor quando entendemos o que não fomos, o que somos, o que podemos ser. Esclarece-se o termos sido igualmente míopes até a tarde dos meus, seus olhos nos meus. A partir daí visões exteriores tornaram-se desnecessárias. Naquela tarde... naquela noite...esta noite... conseguindo ao mesmo tempo esse toque e essa sintonia no olhar. Em seus olhos lendo ansiedades minhas, na existência que dividimos. Nas fases distintas delimitadas pelo antes e depois de nós...o que dizemos, o que não dizemos, o que pensamos dizer, o que qualquer pessoa disse e até o que disseram. Nada se aproxima da sinceridade serena do sonhar acordado dos seus olhos nos meus. Bom dia.
“Não sei se o mundo é bom mas ele ficou melhor quando você chegou e perguntou: tem um lugar pra mim?”
Helder Santos
12-07-2011
11:05 pm

Sobre o tempo

Hoje não conjeturarei sentimentos que não cabem no peito ou amores vãos. Hoje não posso, devo ou preciso. Não há necessidade ou sentido, vontade ou desejo. Hoje olharei para as coisas que acredito fazendo orações racionalmente sentimentais homenageando o dia. Amemos ou não, a vida dirá como e quando. Hoje preciso pensar no dia em que em êxtase, meus olhos casaram-se aos seus num misto de expectativa e alegria. Isto me basta, convém e completa. Do que vale idealizar, sonhar ou imaginar se o real se constrói dia a dia? Não, não pensemos no amanhã! Para que pensar no ontem, no amanhã, se hoje que solidificamos no tempo nossos nomes? Não, amanhã , não! Ontem? Não! Hoje? Trocaria? Hoje, um pouquinho, o tempo todo? Hoje!

12-07-11

10:28 am.

Helder Santos Pereira

segunda-feira, 11 de julho de 2011



Chocolates virtuais.

Onde estão os sonhos e os planos de futuro?

- Uma pergunta por vez, tá? Por vez, uma resposta.

-Quando criança, me alegrava o sorvete nos finais de semana. Hoje, talvez nenhum sorvete me alegrasse mais que o que ainda não tomamos. Saudades? Muitas! Mas, não posso ou devo trocar novos sabores por dissabores conhecidos.

- Onde está sua memória e o que viveu?

- Uma resposta por vez, ta? Por vezes, algumas perguntas.

- Qual seu número? Só mais um pouco, mais um pouquinho?

- As quatro, está bom?

- Respostas curtas, ta?

Sempre as mesmas respostas, tantos questionamentos.

- Há algo errado?

- Noto que aquilo que eu pensava sobre você, agora (depois de conversas) se contradiz!

Vai entender. Eu surpreendo você ?

-Há conversas que não sei entender tão pouco explicar.

Por isso eu não trocaria um sorvete de flocos por você (8)

Por isso eu não trocaria um sorvete de flocos por você (8)