Duvido que algo, possa, ao mesmo tempo, ser e não-ser. Talvez, como em Hegel, o ser exposto a sua contradição, o não-ser, gere o vir a ser em fluxo perpétuo. Mas, o que Hegel fala, explica o movimento da história, não dessa estória. E, ou, tornar-se-á, história no final. Falando da estória, todas precisam de um que chamado suspense, drama, tormenta. Palavras, sons, imagens e todas tentativas vãs consolidarão o simulacro ideal construído.
Ela tem cor, cheiro, sentimento, mistério e tudo mais que há. Entre isso e ela, o mundo criado por mim, para ela. Esse errôneo e talvez mistificado criar, escreve a estória que une e separa. No conto de fadas, o ser real conflitar-se-á no concreto, e, como afirma Hegel, gerará uma síntese. O ideal unindo, divergindo, atuando, coadjuvando, sendo, não tendo. Assim, começa a história. Como em Hegel – que ele me perdoe-, há um aprendizado dialético, o tal motor da história. E que estória. Ela e suas laudas constituem um drama existencialmente sentimental, algo sem fim como dialeticamente, Ele afirma, não Hegel, afinal, isso é estória.
Helder Santos
09:06 pm
30 – 08 – 11