sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

O passado o espera

O despertar do sonho não pode ser medido. Durante anos você procura entender o sentido da vida, das pessoas que o cercam, o que pensam como é o mundo. Tudo que descobre está repleto de situações, sonhos, amores, desamores. Ao longo dos dias cria certezas sobre si, certezas essas que se esvaem em momentos seguintes fazendo de você um aprendiz de sonhos, amores, desamores, de pessoas. Se a caminhada é longa, prefiro acreditar nisso. Há linhas que separam seu mesquinho pensamento de um sentido maior que o guia para a certeza que o homem precisa ter: a de que nada sabe. Reconhecer-se incompleto torna-o cognoscente em potencial. Então, sonhos tornam-se pesadelos, pessoas boas passam a ser más, amores , desamores. Amigos vão , vêm , outros são pra sempre até quando duram. O homem, esse ainda está aí, é você que todos os dias a partir de hoje reconhece-se incompleto.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Sons de uma noite de verão

São quatro da manhã. A insônia atormenta meu corpo cansado, não que seja má ela só quer ser ela, deve ter suas funções. Se há três horas rolo de um lado para outro da cama, ando pela casa, lavo o rosto, sinto sons; o grito absurdo do calor obrigando o ensurdecedor barulho do ventilador. Outro som, minha respiração. Na solidão do quarto, pulmões, vias aéreas, a música da insônia.Quando enfim, acredito que dormirei o canto dos galos me desperta, quando acho que morrerei “de sono”, o canto dos pássaros me acorda pra vida , é dia , consegui dormir.