terça-feira, 30 de junho de 2009

Beijo porque não?

Beijo parece ser algo sério nos dias de hoje. Muitas vezes encontramos um amigo e o cumprimentamos com um abraço, às vezes um beijo, outras nem consumamos ato algum, apenas dizemos: beijo para dizer até mais ou o próprio tchau. De onde surgiu a idéia de beijo? Na época da escola, ainda na sexta série tínhamos colegas muito metidinhas – nojentinhas era é a forma que os meninos gostavam de chamar as meninas chatas, cheias de não me toque – não queriam saber de ninguém encostando nelas, imagina dizendo : beijo. E dando beijo? Isso menos ainda , seria a morte pra elas. Outras, aquelas que nós, meninos nunca enxergávamos- engraçado ,quando temos realmente que usar a visão, quando esse sentido deve nos valer, não o usamos dignamente – é , não víamos as meninas mais bonitas aquelas tímidas e caladas são as mais lindas de todas. Eu particularmente percebi uma , pena que tarde. Enfim, meninos são meio lentos, vamos voltar à história do beijo? Então , aqui estamos e eu queria muito beijar uma menina. Era sexta série e ela parecia um anjo: cabelos pretos, olhos grandes e um lindo sorriso. Eu , gordinho e desajeitado sempre lançava olhar até ela e essa , a mesma fazia-se desentendida , bem que gostava. Isso percebi depois. Por hora, estava no auge da minha infância, tinha um profundo amor por ela. Me guiava o troféu , o tesouro esperado, seu beijo. O que fazer para beijá-la era um questionamento diário. Como seria meu primeiro beijo? Aqueles olhos? Aquele sorriso?

Um dia, cheguei pertinho dela , e, quando estava prestes a cometer o maior feito da minha vida: puft!

A professora : o que você faz levantado? Sente-se! Anda menino!

A turma desatou a rir, tive que adiar meu desejo. A essa altura todo mundo sabia que havia amor em mim; eu continuava a não saber o que a menina dos meus sonhos infantis sabia sobre mim até o dia da brilhante idéia: escrever uma carta e nela dizer o quanto tenho vontade de beijá-la. Meu eureca durou pouco, quem cai nessa conversa mole? Tive discernimento sem que precisassem caçoar mais uma vez da nobre intenção amorosa, aquela que mais tarde veria ser posta à prova. Quando resolvi declarar-me, tive minha primeira decepção amorosa, ela simplesmente ignorou o que senti. Percebi um sorriso sarcástico que só hoje consigo entender. Mal sabia eu o que era sarcasmo ou decepção amorosa. Esses porém, parecem ter gostado do papel de algoz em minha vida teimando em repetissem mais tarde de forma mais cruel e banal. Ela seguiu namorando e eu, perdendo meu grande amor. Quando finalmente ela acabou o namoro, dei pulos de alegria, saltitava , eu não ria , meus dentes eram uma avenida, só faltavam carros. A olhei , quando fui até ela , mais uma decepção, não era mais um namorado que ela arrumara, era seu rancor, seu ódio por mim que aumentara. Por mais que eu fizesse, por mais que gritasse , o mundo me escutaria , ela não, nem queria me ver. O tempo passou , não éramos mais crianças , ela já tem seu amor. Eu fiquei com as lembranças dos beijos que não dei na infância.

Helder

10: 09 pm

25-03/2008

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Receba em teus braços o meu pecado de pensar

Chego com força interior, desejo ficar,
Me aproximo, no desejo de ausentar-me
Escuto as mesmas canções.

Preciso sentir a intensidade dos seus olhos
Falantes, desatentos olhos silenciosos,
Um silencioso beijo em teu abraço,
mãos, olhos, laços enlaçados.


Amorosamente,


Carol.



Breaking My Heart Aqualung (8)

terça-feira, 23 de junho de 2009

Um ser.

Uma lágrima correu.
Um beijo, te dei,
Um pássaro voou.

Um sonho,
Um passo apressado,
Um olhar cansado.

Um dia com você,
Uma noite contigo.
Um castigo,

Um nada disso ter,
Um tanto disso negar,
Um quanto hei de sofrer
Um dia...

Helder Santos
23-06-2009
05:25 pm
Preciso ser a menina dos teus olhos
E que me indiques bons livros.
Irei te dizer o quanto te amo
E me amarás para todo o sempre, amém!
Pegarás na minha mão e me guiarás na escuridão
Cantarei para que durmas...
Acordarei com você velando por meu sono.


Com amor,

Carol.

domingo, 21 de junho de 2009

Faço um pedido:

que recomece o que nunca terminou.


Hoje percebi que sempre que estou prestes a te perder tento trazer-te pra perto. Sei que você anda se distraindo em um outro olhar num abraço menor que o meu, isso me machuca por incrível que pareça, por incrível que eu não demonstre. Eu sei que acabou, mesmo existindo um amor reciproco. Só que você deve viver com seus amores que são maiores que eu, que são menores também. Como você mesmo disse: estamos ligados, um dia ou outro nosso encontro será inevitável; Mesmo você estando cansado te darei forças e só assim as feridas se cicatrizarão, você sabe disso; Um dia é de partir e o outro é de esquecer.

Carol já tem muitas na sua vida

Com sinceridade,

Carol.

Baixe um filme, pois os livros hão de te matar.

domingo, 7 de junho de 2009

Dá-me a tua mão: Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre foi a minha busca cega e secreta. De como entrei naquilo que existe entre o número um e o número dois, de como vi a linha de mistério e fogo, e que é linha sub-reptícia. Entre duas notas de música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam existe um intervalo de espaço, existe um sentir que é entre o sentir - nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio.

Clarice Lispector.




P.s.: Sempre gostei muito de você.





Com carinho,



Carol.