Da chegada do amor

Chega com força interior, desejo de ficar,
Ausentasse, no desejo de voltar
Ouve as mesmas canções.


A Sinfonia exata dos partidos, corajosos corações
Feridos buscando se encontrar.
Notas dissonantes, acordes consoantes nas palavras
Sabem usar. Inicio, nova-velha música a calar,


Estancar lágrimas contidas, sons feridos,
Corações partidos, paz alcançada, olhos a fechar.
Ausentes, despidos não sabem o que clamar,
O que desejar ao lado zumbido do silencio talvez fingido


Nos velhos gestos de temor,
Velha ausência de dor. Dialeticamente entristecidos,
Olhos vencidos, olhos destemidos a procura de calor.


Helder santos
5:16 pm

31-03-2009

Terra molhada

Em seus olhos sentir a intensidade dos meus.
Mudos, atentos olhos gritantes sedentos de você,
Sorridentes ao te ver, olhos criam, recriam gestos, versos seus,
Modestos olhos os meus.

Olhos em sua boca, dela ao céu,
Beijos, olhos, teu mel.
Sem necessárias flores, remendados papéis.

Silencioso beijo em teu abraço,
Mãos, olhos, laços,
Cabelos negros de viés.

Soluços, choro, alegria confirmando amor,
Em teus pequenos braços, dor singela, calor
Passos apressados, pecado consumado, mente-dor
Sonhando acordados, mudos ou calados impotentes a flor.

Helder Santos
9:49 pm

29-03-2009

Essa é pra você =**

Constelações silenciosas

Nenhuma palavra deve ser dita
Nem devem existir palavras recíprocas
Mas estou com saudade de escutar teus olhos embaçados
e ver os acordes do piano assustado.
Preciso de um sorriso cansado
Do incerto um tanto mendigado, do coração machucado.
Das lágrimas despencadas
Da expectativa contemplada
E talvez da infância roubada.
Precisamos da imaginação para brincarmos.
Brincaremos de mãos dadas em leve rotação
sem precisar de sentido, oração, ou razão.
Apenas de mãos dadas, ou não.
Minha alma poderá caber na palma da tua mão
E só assim ressurgirá a "tal explicação"
Mais não precisamos de sentido, principio, infinito partido.
Tudo está guardado.
Nada foi quebrado, esquecido, perdido, iludido.
Tudo está presente em um passado ausente,
Incomodado bastante ressurgirá em alguns instantes.
O sonho mastigado será relembrado, revivido, acendido.
É simples.
Quando chegar a hora não seja intrasitivo
Junte tudo e veja que já é a hora
Considere, Julgue, exista, insista, persista.
Lembre-se que um dia o poente foi transparente
e que o silêncio pode ressurgir com uma possivel expectativa
Assim como um dia estive a seu lado nada poderá ser apagado.
Talvez reinventado, concretizado e novamente idealizado.



Com carinho, Carla Caroline O. Félix. (23/03/2009 - 21:02)


obs.: Não vá perder a hora certa com a pessoa errada... ( Escutando Nuvem- Engenheiros.)

Quando isso aconteceu

Tentei te amar menos,
Fingir que outras pessoas apareceram,
Que não estou preso


A lutar contra o inimigo imaginário de sua consciência.
Trai princípios, ofícios, regras do meu futuro,
Possível futuro em suas mãos brancas
Catando em canções, amores indo e vindo em suas lembranças.


Amando mais me encontro perdendo-me em velhas preces
Aos santos que somos devotos insistentemente,
Às belas palavras em protesto gritando em minha mente,


A música que não cantas nessa direção,
Das vozes que não ouves quando não durmo
A lutar por segundos de atenção ,
Por olhos lagrimejantes pelo caminho que fujo.



Helder Santos
9:13 pm
22-03-2009

Palavras não quebram racionalmente emocionalmente postadas no contexto de seus gestos.

Monossilabicamente interessante trazes versos
Intrínsecos a relação segura que pintas em insegurança.
Fala, cala repetindo ressabiada em protesto


Diacrônico de início a ápice, dança,
Corpos em movimento mãos em trança
No misto químico racional da primeira lembrança
Emergimos experimentalmente em libelo


E dançamos e cantamos e falamos
Palavras que saem, que ficam gritando
Enquanto cantamos despertos
Espertos emocionalmente, coesamente agitam


Neurônios, coração, gestos atiçam
O que de anterior incerto concretizando-se, tão perto
Entre a faísca que ascende o beijo roubado a nova imagem que ele pinta.


Helder Santos
0:25 am

17-03-2009

Recado para o amor.

Você mexe comigo. Assim
Reviro memórias em mente, presente, passado ausente.
Translúcidos seus olhos, seu rosto na
Busca incessante que vês em mim,


Me vejo em você, jovem, esperto, áspero,
Intensamente presente procuro estar
Em seus braços antes arqueados, cansados
Alegres, parados. Voz incansável ao falar


Vendo-me em ti, em canções ao ouvir, cantar.
Mente estatelada, ativa, emotivo-entusiasmados
Olhos, boca, ouvidos num só ritmo:
Impulso, gesto, furacão-atrito.


Em seu corpo a falar, contrair, pulsar, andar...
Seus atos, movimento recíproco, falar, gritar, cantar.
Nosso peito viril, ato, atrito, ponderar.



Helder Santos
3:26 pm

Paixão e o ritual da chuva

Chuva anuncia esperança,
Fim do sol adulto,
Início em por do sol criança.


Como no amor, chuva é culto,
Paz, carinho, dança
De volta aos fins de tarde,
Ao toque mágico terra molhada.


Água na pele, suor, chama.
Voz contida sem alarme,
Banho quente, sabonete, toalha.


Como na paixão, chuva é desejo
Embaixo do lençol, em cima da cama.
Secos, molhados, chuva é charme
Nas mãos, nos braços, no toque de quem ama.


Helder Santos
0:31 pm
03-02-2009

Liberdade de amar.

Dizer palavras que não sejam meramente consolo,
Entrar em sua mente, viver suas dores.
Amar seus amores
Na forma pura e livre que vives.


Ouvir em seu coração a sinfonia silencioso-gritante do amor
Passeando onde estive me vendo em você.
Do teu sorriso carregar a certeza amável ausente de dor,


Caminhar no paraíso ao te ter.
Ser a essência complexa dos sonhos decifráveis a me ver.
Vagar de mãos dadas no mistério intenso desses olhos tenros.
Ser a preciosa voz falando ao seu ouvido como incenso.


Ao raiar do dia ser o olho abrindo após o seu,
Ao cair da noite ser a brisa suave em seu olhar intenso,
Ao entardecer sentir que posso ser no coração agora meu.



Helder Santos

00:41 am

12-02-2009