Cada
verso reside um sentimento incontrolável, temores, dores, satisfação, angústia,
medo, entrega, preenchimento...vazio. Nasço e morro em linhas que lês em pouco
caso. Toda palavra tende ao mesmo centro, busca o reencontro daquilo que um dia
foi magia e alegria caminhando por uma estrada segura em que nossos caminhos
não se perdiam em placas enganosas. O caminho à nossa rua não precisava de atalhos mal traçados ou desvios esburacados,
era plano, seguro, uniforme.
Amar
a suave brisa ao passarmos pelo bosque capaz de inflar o pulmão juvenil do
nosso velho amor e chegar à casa em que tantos de nossos planos nasceram,
viveram , temeram e proliferam a relação de nós para com nós mesmos e , de lá, sentir que algo mudou, espanta
quem nos julgou capazes...nós mesmos.
Meus
planos tão nossos, o sorriso próximo, o abraço demorado, ir de mãos dadas à lua
secreta mais que vista são lembranças indestrutíveis à caminho do adormecimento
iniciado por soltares minha mão. Atordoado, entrelaço os dedos em seus cabelos,
a pele em seus dentes. Entro em sua mente , torturo-me em sua inconstância,
reluto aceitar morrer um pouco em você...
Metas,
medos, mentes, medidas inexatas avisam-me o que está por vir, a solidão virá
destruindo o resto dos sonhos que nutro, das esperanças a sete chaves que
abristes com sorriso e fechastes siso. Teimosias inversamente proporcionais, o
medo de perder e o desejo de partir, partindo, partida, minha casa.
Irmãos,
amigos fadados ao prazer egoísta sendo punidos pela inexatidão do que foi sentido.
Um tudo nada inundado em mar revolto. Apelos continuam, zelos sem cessar, o
fim.
Helder Santos
9:51 am
003-07-2013
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